domingo, 31 de agosto de 2008

O PERÍODO DE ASSIMILAÇÃO MAIS INTENSIVO NO PROCESSO DE APRENDIZADO.
Angela Cristina Munhoz Maluf
Pesquisas feitas sobre o processo de aprendizado informam que o período de assimilação mais intensivo de todo o ser humano corresponde ao espaço de tempo de seu nascimento até a idade de sete anos.
Nesta faixa etária as crianças no mundo atual, já tiveram muitas experiências e estão aptas para falarem sobre elas. Buscam conhecimentos. Possuem admiração pelo mundo que as cerca.
Como educadores temos oportunidades especiais de afetarmos e influenciarmos suas vidas, porém o papel insubstituível dos pais é preponderante, pois cada criança necessita sentir que é amada
.
O nível de seu respeito próprio afeta todos os outros aspectos de sua vida. Quase todas as outras necessidades passam a ser secundárias.
Os sentimentos positivos para consigo mesma desenvolvem-se em sua maior parte, a partir de amizades e experiências de relacionamentos com pessoas importantes em sua vida, tais como seus amigos, familiares, vizinhos e professores.
Temos que nos lembrar de pequenas coisas que fazem grande diferença para crianças e jovens.
Cada criança ou jovem, possuem três necessidades importantes que devemos atender:

1) Necessitam amar e serem amados;
2) Necessitam sentir-se importante onde quer que estejam;
3) Necessitam contribuir de modo bem sucedido para com todos que os cercam.

A criança ou jovem não pode sentir-se inadequados ou sem valor, diante dos erros que cometem durante seu aprendizado.
Se eles se sentirem rejeitados ou acharem que ninguém os ouvem, aprenderam a rejeitar-se e a não gostarem de si mesmos. Não escutando comentários positivos e não enxergando atitudes positivas em relação a si mesmos, começaram a chamarem à atenção de outras maneiras e, freqüentemente, terão comportamentos inadequados.
Precisamos esperar o melhor de crianças e jovens. Temos que elogiá-los por suas ações positivas e ignorarmos os problemas de menor importância, procurando sempre edificar seu senso de respeito próprio. Eles aprenderão a maneira mais efetiva de resolverem seus conflitos e suas personalidades se desenvolverão. Com certeza estarão mais ajustados e felizes no futuro.
http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=154
Brinquedo e Educação
Brincadeira Saudável

Como já falamos, brincar é uma das atividades mais importantes da infância. E, é claro, os pais devem participar dela sempre que puderem. Não há nada mais saudável para a relação familiar do que os pais sentados no chão, no meio dos brinquedos, entrando no mundo dos filhos. Além de prazeroso para os dois, o vínculo afetivo se fortalece nesta relação pai e filho, seja a brincadeira qual for.

Os pequenos também precisam saber a dividir. E isso se torna mais fácil quando a criança tem irmãos ou está acostumada a brincar com amiguinhos. “Aprender a dividir, repartir, emprestar, se colocar no lugar do outro, faz parte do processo de socialização e de desenvolvimento de todas as crianças”, alerta a educadora Luciana Pierre.

Os pais e professores devem estar preparados e atentos para orientar seus filhos e alunos na construção deste processo, que faz parte do desenvolvimento de todos. “Outra dica, que uso na escola, são campanhas solidárias, onde as crianças doam um brinquedo seu em bom estado. Nós orientamos aos pais que ajudem seus filhos para que eles escolham o que dar. O exercício muitas vezes é difícil para algumas crianças mais apegadas, mas extremamente importante”, conta a educadora.

Ensinar a criança a emprestar os brinquedos para os amiguinhos não é uma tarefa fácil, há os que emprestam com mais facilidade e os que não gostam de dividir de jeito nenhum. Mas o esforço vale a pena, pois essa é uma lição que se leva para o resto da vida.

A dica da Dra. Luciana Pierre é trabalhar o emprestar com histórias infantis que levem ao altruísmo, como por exemplo, ‘A Galinha Ruiva’ e ‘O Bolo Fofo’. Ou trabalhar com rodas de conversa, reforçando quem conseguiu emprestar e como a criança que emprestou e a que recebeu se sentiram. Os pais também podem usar essa técnica em casa, conversando sobre o tema com os filhos e seus amiguinhos.



Luciana Pierre é especialista em educação infantil educadaora da escola infantil Ipê. http://guiadobebe.uol.com.br/guiadebrinquedos/brincadeira_saudavel.htm

sábado, 30 de agosto de 2008


Recados e Imagens - Blogs - Orkut
Artigos

A Importância do Afeto nas Relações Aluno/Professor, Ensino/Aprendizagem


18/03/2008por Silvia Lagos


"[...] trabalhe, mas sempre com a doçura de S. Francisco de Sales e com a paciência de Jó" (Dom Bosco).
A afetividade é a mola propulsora de todo e qualquer processo de desenvolvimento humano. Desde que somos gerados, ainda na barriga da mãe, necessitamos do afeto para nos sentirmos bem vindos nesse mundo. E depois que nascemos, se não tivermos o amor e a atenção dos adultos à nossa volta não aprenderemos a andar, falar, controlar nossos esfíncteres, etc..Num primeiro momento nosso contexto será o familiar, então as figuras significativas, de modelo, serão os pais, irmãos, avós. Mas, na medida em que vamos crescendo, vamos interagindo com o mundo, esse contexto vai se ampliando, ampliando-se também as fontes de estímulo e outras figuras vão sendo introjetadas e utilizadas como modelo. É o processo de socialização. E aqui, como no contexto familiar, a criança sente a necessidade de ser amada, ser aceita, pois, se foi desejada, se foi amada pelos pais, vai ir para o mundo sentindo-se amada, desejada e será um ser desejante, mas mesmo assim necessita dessa confirmação, desse retorno do mundo - ou pelo menos, das pessoas significativas afetiva-mente para ela - no decorrer de toda a sua vida. Se não foi amada e desejada pelos pais, só vai restar o contexto social como possibilidade de resgate de sua auto-estima.E, sendo a escola o primeiro espaço de socialização da criança, fora do contexto fami-liar, esta passa a desempenhar um papel determinante - principalmente através da figura do professor - no processo de aprendizagem, confirmando ou desconfirmando o sentimento de ser amado, de ser respeitado no seu direito de estar nesse mundo, crescer e desenvolver suas potencialidades de forma saudável e na vida adulta, poder somar na sociedade.Gabriel Chalita (2001) entende que, para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas mas, acima de tudo, precisa conhecer o aluno. Pois, tudo que diga respeito ao mesmo deve ser de interesse do professor, porque ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado. E o professor é capaz disso. O aluno tratado com respeito, tendo valorizada sua história de vida, sente-se amado, querido na esco-la em que estuda.Segundo Marcos Sandrini, "Faz parte do ser jovem o apelo ao reconhecimento. A rebel-dia juvenil, bem como o conflito de gerações, traz no seu interior um apelo: 'eu sou gente e quero ser reconhecido como tal'" (2007, p. 95).Perrenoud (apud SANDRINI, 2007, p. 96) afirma que:Para aprender é preciso: dar sentido ao que se faz e ao que se aprende; sentir-se reconhecido, respeitado como pessoa e como membro de uma família e de uma comunidade; não se sentir ameaçado em sua existência, sua segurança, seus hábitos e sua identidade; sentir-se compreendido e apoiado nos momentos de cansaço e fracasso; saber que se pode contar com a confiança dos outros; que o consideram capaz e desejoso de conseguir; acreditar que alguém dá valor ao que se faz ou se aprende; e, melhor que tudo isso, sentir que se é amado [...] (grifo do autor).Chalita assinala, que às vezes, conflitos pessoais leva o professor a construir uma barreira emocional entre ele e o aluno, que embora não seja possível separar o ser humano profissional do ser humano pessoal, o professor tem a obrigação ética de não projetar, ou seja, "despejar" sobre o aluno, os seus problemas, visto que este não possui nem a responsabilidade, nem a capacidade (estrutura emocional) para dar conta do mau humor, da tristeza ou, em algumas vezes, da raiva do seu professor.Chalita enumera doze tipos de professores:a) professor arrogante: considera-se o detentor do saber; na verdade rejeita a si mesmo, não acredita em nada do que diz; necessita de auto-afirmação e usa os alunos como platéia cativa;b) professor inseguro: tem medo do aluno, teme a sua rejeição, de não conseguir dar aula, não ser ouvido, etc., esquecendo que se o professor não acreditar no que diz, será ainda mais difícil ao aluno fazê-lo;c) professor lamuriante: reclama de tudo o tempo todo: da situação do país, da escola, do salário, da falta de participação dos alunos, da falta de material para trabalhar etc., passando a impressão de estar sempre arrasado. Também usa, muitas vezes, a platéia cativa de alunos, para suas queixas;d) professor ditador: não respeita a autonomia do aluno, trabalhando como se estivesse no comando de uma batalha; disciplina é tudo, "dia de prova é também um dia de glória". Está perdido na necessidade de poder, esquecendo que poder e respeito não se impõem, se conquista;e) professor bonzinho: é o oposto do ditador. Tenta forçar a amizade com o aluno, dizendo o quanto gosta dele, trazendo presentes, dando notas altas de forma indiscriminada, respondendo questões no decorrer das provas, pedindo desculpa quando a matéria é muito difícil, enfim, só falta pedir desculpa por ter nascido. A tendência é o aluno não respeitá-lo. Tudo o que vem dele parece forçado, porque procede de uma carência de atenção e de uma necessidade infantil de aceitação.f) professor desorganizado: é aquele professor que não faz planejamento, está sempre perdido naquilo que vai propor em aula, por isso às vezes, cria atividades improvisadas sem fornecer subsídios aos alunos, ou se põem a discutir banalidades. Não possui comprometi-mento algum;g) professor oba-oba: para ele tudo é festa. Adora as dinâmicas em aula. Projeta filmes, sai em campo com os alunos, fala em quebra de paradigmas etc., contudo sem objetividade, sem gancho com o conteúdo da matéria que cabe a ele ministrar;h) professor livresco: entende os livros e não o cotidiano. Em sua aula não há espaço para o aluno, não importa se está acompanhando ou não seu raciocínio, o que importa é que diga tudo o que planejou dizer;i) professor "tô fora": não se compromete com nada, não participa de nada. É uma ilha, se considera auto-suficiente, sem necessidade de troca, de interação social no contexto escolar e comunidade;j) professor "dez-questões": para sua própria segurança, reduz todo o conteúdo dado, de um bimestre em um número "x" de questões, as quais os alunos decoram e de onde algu-mas são selecionadas para a prova. Técnica antiquada que não dá sentido ao conteúdo estu-dado, e que muitas vezes o próprio aluno dá-se conta disso;k) professor tiozinho: é o professor que gasta períodos inteiros de aula, dando conse-lhos aos alunos, invadindo muitas vezes a privacidade dos mesmos, emitindo opiniões sobre questões pessoais que não lhe dizem respeito. Sente-se qualificado (mas não está) a diag-nosticar os problemas dos alunos. Esquece, ou não "sabe", que o ideal é abrir espaço para que o aluno fale sobre ele, "se quiser", ao invés de obrigá-lo a expor sua vida privada;l) professor educador: segundo Chalita, esse seria o professor ideal, aquele que con-segue de verdade, ser um educador, que conheça o universo do educando, que tenha bom senso, que permita e proporcione o desenvolvimento da autonomia. Que tenha entusiasmo, paixão; que vibre com as conquistas de cada um, não discriminando, tratando todos com igualdade. Deve ser participativo politicamente, ter consciência da responsabilidade em estar formando pessoas, ser autocrítico e aberto para novos conhecimentos.Chalita vê no afeto a solução para a educação. Entende que não é possível combater a insensibilidade, o desrespeito, a falta de solidariedade, a apatia, a não ser pelo afeto. Acredita que a escola dos sonhos dos sonhadores, da poesia dos poetas, da maternidade, da luta dos lutadores começa com a crença de que, em se falando de vida - e como educação é vida -, a solução está no afeto. O aluno precisa ser amado, respeitado, valorizado. O aluno não é uma tábua rasa, sem nada, em que todas as informações são jogadas. Todos tem um poten-cial distinto, a ser explorado pelos bons educadores e assim, poderem produzir, crescer e construir caminhos de equilíbrio, de felicidade. Enfim, que o ato de educar só se dá com afeto, só se completa com amor.
SILVIA LAGOSPós-Graduada em Matemática