'' Daqui a cem anos,não importará o tipo de carro que dirigi, o tipo de casa em que morei,quanto tinha depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança.”
Aprender a ler e escrever já na primeira infância garantirá adultos mais capazes
e bem-sucedidos? A alfabetização precoce, dúvida que tira o sono de muitos pais,
ganha cada vez mais adeptos nas escolas infantis da capital paulista. A
tendência não agrada a boa parte dos especialistas, que dizem que criança tem de
ser criança. Outros, porém, defendem a antecipação.
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"Pesquisas mostram que as escolas infantis são para aprender diferentes tipos de
linguagem. A escrita não deve ser prioridade", diz Maria Letícia Nascimento, da
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e do Fórum Paulista de
Educação Infantil. Segundo especialistas, a corrida para saber ler e escrever
foi impulsionada com a recente aprovação da lei, que aumentou a duração do
ensino fundamental de 8 para 9 anos. Para que seus alunos não chegassem a essa
etapa despreparados, colégios particulares anteciparam o início da alfabetização
para os 3 anos.
A motivação, em geral, vem da ansiedade dos pais. "Muitos acreditam que o filho
tem de ser o melhor. Por isso esperam que tenham o conhecimento antecipado",
observa Maria Letícia. Mas, segundo ela, não é colocando o filho em uma escola
que ensina alemão no 1º ano de vida que os pais vão garantir que a criança seja
um adulto melhor. "Pois o importante é que nessas escolas ela viva bem!!!
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