terça-feira, 28 de dezembro de 2010

'' Daqui a cem anos,não importará o tipo de carro que dirigi, o tipo de casa em que morei,quanto tinha depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança.”

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Aprender a ler e escrever já na primeira infância garantirá adultos mais capazes

e bem-sucedidos? A alfabetização precoce, dúvida que tira o sono de muitos pais,

ganha cada vez mais adeptos nas escolas infantis da capital paulista. A

tendência não agrada a boa parte dos especialistas, que dizem que criança tem de

ser criança. Outros, porém, defendem a antecipação.





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"Pesquisas mostram que as escolas infantis são para aprender diferentes tipos de

linguagem. A escrita não deve ser prioridade", diz Maria Letícia Nascimento, da

Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e do Fórum Paulista de

Educação Infantil. Segundo especialistas, a corrida para saber ler e escrever

foi impulsionada com a recente aprovação da lei, que aumentou a duração do

ensino fundamental de 8 para 9 anos. Para que seus alunos não chegassem a essa

etapa despreparados, colégios particulares anteciparam o início da alfabetização

para os 3 anos.



A motivação, em geral, vem da ansiedade dos pais. "Muitos acreditam que o filho

tem de ser o melhor. Por isso esperam que tenham o conhecimento antecipado",

observa Maria Letícia. Mas, segundo ela, não é colocando o filho em uma escola

que ensina alemão no 1º ano de vida que os pais vão garantir que a criança seja

um adulto melhor. "Pois o importante é que nessas escolas ela viva bem!!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010


Planejamento e Avaliação

De acordo com Luckesi (1992), "enquanto o planejamento é o ato pelo qual decidimos o que construir, a avaliação é o ato crítico que nos subsidia na verificação de como estamos construindo o nosso projeto.

 Sendo assim, a avaliação pemeia todo o ato de planejar e de executar e, dessa forma, contribui em todo o percurso da ação planificada. Necessária para a construção crítica de um percurso, a avaliação é uma ferramenta importante no redimensionamento daquilo que foi planejado e inerente ao ser humano.

avaliação se constitui num processo indispensável ao próprio ato de planejar, uma vez que permite responder se as atividades planejadas foram realizadas a contento, ou seja, se os resultados previstos no planejamento foram alcançados e em que medida.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Provas:Objetivas,Dissertativas, Operatórias, Observação e Registro,Auto-Avaliação.

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Acrósticos-didáticos

Por Sílvia Araújo Motta


P-Prova Objetiva, instrumento de avaliação,

R-Refere-se à relação funcional entre

O-Os objetivos propostos e a aprendizagem

V-Valorizada no processo da educação,

A-Apenas de conhecimentos específicos.

-

O-O importante não é saber o que o aluno

B-Bom de memória “guardou na cabeça”

J-Justifica-se a percepção da compreensão

E-E aproveitamento do conteúdo estudado.

T-Toda avaliação deve ser integrada,

I-Intencionalmente, comentada para

V-Valorização e fixação da resposta certa.

A-A questão errada deve ser reformulada.

-

P-Prova tem função essencial diagnóstica,

R-Refere-se à sondagem da dificuldade

O-Ou pode ser somativa e formativa.

V-Vale a reflexão constante da realidade.

A-A crítica e auto-crítica participativa.

-

D-Dissertação não tem múltipla escolha!

I-Importante é dominar bem o conteúdo .

S-Sempre expressar o pensamento lógico,

S-Sem nervosismo: prova não “é loteria”

E-E tampouco “bicho de sete cabeças”

R-Revisões diárias dos conteúdos vistos

T-Trazem segurança na dissertação.

A-A oralidade da comunicação, às vezes,

T-Traz dificuldade para a escrita .Vale

I-Investir na gramática e interpretação,

V-Valorizar a leitura e a Língua Portuguesa

A-Adequada, elegante, linda, cantante.

-

P-Prova Operatória, instrumento de avaliação,

R-Refere-se à realização de ações determinadas:

O-O tratamento coloquial, em vez do formal.

V-Vale dizer que a “prova dialoga como o aluno”

A-As questões são do contexto histórico-atual.

-

O-O aluno não vai apenas identificar,

P-Possível, exata e única resposta correta,

E-Entre um conjunto de alternativas...

R-Requer operação fundamental de expressar

A-Aprendizagem, com respostas escritas.

T-Texto bem claro e elaborado no idioma,

Ó-Organização de idéias na composição,

R-Raciocínio lógico, adequado à solicitação,

I-Interpretação atenciosa à leitura proposta,

A-A resposta justifica a avaliação feita.

-

O-O professor deve ser o problematizador,

B-Bem claro, deve incentivar o aluno a buscar

S-Situações para a construção do conhecimento

E-E de acordo com o contexto sócio-cultural,

R-Reavaliando sempre sua ação e interação.

V-Via de experiência na mão e contra-mão,

A-Ambos trocando todas as aprendizagens...

Ç-Competências, normas e limitações devem ser

Ã-Apresentadas diante das funções essenciais.

O-O ensino-aprendizagem exige planejamento.

-

E-Educação é um processo de construção de conhecimento.

-

R-Reflexões teóricas condizentes,

E-Especificamente, úteis à prática,

G-Garantem aos mestres e estudantes

I-Inicialmente, o desenvolvimento,

S-Sustentável das potencialidades.

T-Todo o processo deve ser bem observado,

R-Registrado, avaliado e auto-avaliado!

O-O educador deve querer saber mais,

S-Sempre atualizando seu conhecimento.

-

A-Alunos também fazem auto-avaliação:

U-Uma concepção dialética de educação.

T-Tomar projeção proposta! Na retrospecção,

O-Objetivar e priorizar a reformulação.

-

A-Aluno também deve mostrar às instituições,

V-Valor da escola, da família e da sociedade.

A-Apresentar suas dificuldades pessoais,

L-Limitações e justificar os desempenhos...

I-Informar sobre o auto-conhecimento,

A-A incapacidade diagnosticada em aulas,

Ç-Com vistas à nova oportunidade,

Ã-Abordando com interação ideal,

O-Objetivos propostos, não alcançados.

-

“Não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão ignorante que nada possa ensinar.”(BECKER, Fernando. O caminho da aprendizagem. 2ª ed. Rio de Janeiro, 1997.)





Silvia Araujo Motta

Publicado no Recanto das Letras em 01/06/2008

Código do texto: T1014435

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sábado, 16 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pensamento Estratégico para Líderes de Hoje e Amanhã



Carlos Alberto Júlio, Cesar Romão, César Souza, Clóvis Tavares, Eugenio Mussak, Içami Tiba, João Roberto Gretz, Leila Navarro, Luiz Almeida Marins Filho, Marco Aurélio Ferreira Vianna, Reinaldo Polito e Waldez Luiz Ludwig. Com organização de Dulce Magalhães e prefácio de Max Gehringer.



Em um país em contínua mudança, e que alimenta imensas esperanças em relação a seu próprio futuro, torna-se indispensável a apresentação de idéias práticas que propiciem a realização mais concreta e completa possível de perspectivas e potenciais.



Qual é o nosso propósito na vida? Onde devemos mudar? Como gerenciar nosso dia-a-dia? Organizado pela educadora e pesquisadora Dulce Magalhães, Doutora em Planejamento de Carreira pela Columbia University (EUA) e Mestre em Comunicação Empresarial pela Universidade de Londres (Inglaterra), e prefaciado por Max Gehringer, Pensamento Estratégico para Líderes de Hoje e Amanhã reúne, em seus capítulos, reflexões e idéias de palestrantes renomados em diversas áreas, sobre as constantes mudanças que acontecem no mundo em plena transformação. Colaboram para o livro: Carlos Alberto Júlio, Cesar Romão, César Souza, Clóvis Tavares, Eugenio Mussak, Içami Tiba, João Roberto Gretz, Leila Navarro, Luiz Almeida Marins Filho, Marco Aurélio Ferreira Vianna, Reinaldo Polito e Waldez Luiz Ludwig.



Quando escutamos a palavra "estratégia", temos a impressão de que estamos em um ambiente de trabalho. Planejar, traçar metas, buscar soluções são ações que não estão ligadas apenas ao mundo empresarial. Pensar estrategicamente nos ajuda a organizar o cotidiano, refletir sobre o que fazer e não fazer, onde e o que podemos mudar, como devemos proceder em determinados assuntos em nossas vidas. Essa é a essência da obra Pensamento Estratégico para Líderes de Hoje e Amanhã: mostrar que tudo está interligado. Da mesma forma que precisamos nos atualizar no mundo corporativo, nossa vida pessoal também carece de mudanças e precisamos sempre repensar no modo como encarar um problema.



O livro Pensamento Estratégico para Líderes de Hoje e Amanhã fala sobre a flexibilidade necessária para promover sucesso em cenários imprevisíveis, que descartam métodos e planos na mesma velocidade em que a vida acontece, segundo a segundo.



A obra permite ao leitor caminhar entre os diversos cenários que permeiam nossa vida, de forma clara e, muitas vezes, com exemplos práticos. Apesar do título sugestivo para o mundo empresarial, Pensamento Estratégico para Líderes de Hoje e Amanhã é voltado para os diversos tipos de líderes, como explica César Souza em um dos capítulos que assina, Atitudes que fazem a diferença. Para o consultor, palestrante e escritor, existem dois tipos de líderes: os chamados líderes 5 estrelas, que conseguem exercer a liderança de forma coerente no escritório, em casa, na escola e na comunidade; e os líderes meia-boca, que defendem certos valores quando estão no trabalho e tem outras atitudes quando estão em situações do cotidiano.



Os autores acreditam que as experiências do campo profissional devem ser ampliadas e utilizadas também no ambiente pessoal. Segundo eles, no mundo corporativo é preciso pensar nas possibilidades e saber usar a criatividade. E essa metodologia deve ser aplicada no dia-a-dia do líder a fim de que este tenha êxito em todas as suas atividades.



O que diferencia este de outros livros é a oportunidade de navegar pelo tema da mudança através do olhar apurado de pensadores que estão entre os melhores palestrantes brasileiros. Cada um deles traz seu viés especial, compondo esse mosaico de pensamentos que amplia nossa visão e nos conduz, através do acúmulo de informação, à percepção expandida, para sermos capazes de encontrar caminhos próprios para os desafios de sempre.



A gralha-azul e o cedro-do-líbano

Usar a metáfora para entender situações rotineiras é uma das ferramentas bastante explorada ao longo do livro e que merece destaque. Eugenio Mussak, no primeiro capítulo, Reflexões sobre a relação do homem com seu futuro, cita a gralha-azul para explicar como se deve proceder sobre o futuro: "Trata-se de uma semeadora compulsiva e incansável, que dedica sua vida à proliferação da bela árvore. A explicação para tal comportamento é que a gralhinha possui duas características: preocupação com o futuro e má memória", explica Mussak. Trata-se de um diferencial já que os bichos possuem, apenas, a consciência do presente; diferentemente de nós que sabemos que o presente que nos encontramos tem conexões com um tempo que passou e com um tempo que virá.



O simbologia do cedro-do-líbano aparece nos capítulos A Economia do cedro e Regra de 3, escritos por Carlos Alberto Júlio, executivo, palestrante, professor e escritor. Conforme relata Júlio, a árvore vive por séculos e séculos, mas demora a crescer em seus primeiros anos de vida. "Nos próximos anos, os seres humanos e as empresas vão encaminhar-se para escolher entre a posição do caseiro queixoso - pelo fato da árvore demorar a crescer - e a do plantador de cedro. O plantador vai operacionalizar a Economia do Cedro; saberá produzir no longo prazo, em uma busca de paz e eternidade, e com respeito à natureza", conclui o autor. Ainda, Dulce Magalhães complementa "Em que lado da equação queremos estabelecer nossa realidade? Vamos plantar cedros ou reclamar da sua lentidão?".



Pensamento Estratégico para Líderes de Hoje e Amanhã traz um novo olhar sobre as questões que envolvem a liderança do mundo atual. Com temas variados, o leitor é convidado a pensar e refletir sobre mudanças históricas que criam o presente e também mudanças próximas a nossa realidade, como hábitos pessoais, familiares e no trabalho. Com o intuito de tornar a leitura cada vez mais fluente, o livro apresenta, a cada final de capítulo, uma breve síntese do que foi abordado, além de convidar o leitor a conhecer o tema que virá a seguir. De forma pragmática, esta obra apresenta conceitos que estimulam a aparição e o desenvolvimento das capacidades necessárias aos líderes de hoje e de amanhã.



A Integrare Editora, cuja proposta é a de ser uma empresa socialmente responsável e por acreditar que o papel das empresas vai além de pagar impostos e gerar empregos, destina um percentual do faturamento de todo lançamento para uma entidade não-governamental reconhecida. Assim, parte da venda do livro Pensamento Estratégico para Líderes de Hoje e Amanhã, destina-se à Associação Campus UNIPAZ Ilha de Santa Catarina - www.unipazsc.org - que tem por objetivos fundamentais atuar no pleno desenvolvimento do ser humano e na promoção de uma cultura de paz e de visão holística da realidade.

"Ampliar a consciência é a grande aventura humana, cujo caminho passa, necessariamente, pela educação. Nada poderia simbolizar melhor a experiência da educação do que um livro. É por isso que estamos felizes em compartilhar a aventura deste livro que ora chega às suas mãos".

Conselho Gestor

Campus UNIPAZ Ilha de Santa Catarina

www.unipazsc.org




segunda-feira, 11 de outubro de 2010


Dia da Criança: todo brinquedo pode ser educativo, dizem especialistas

Ligia Sanchez

Em São Paulo


Em meio a tanta oferta de modelos, preços e tipos de brinquedos, muitos pais se perguntam qual a melhor escolha para presentear seus filhos no Dia da Criança. O aspecto educativo ganha cada vez mais importância. Especialistas apontam, no entanto, que não são só os produtos classificados e vendidos com funções educativas que cumprem esta tarefa.

Conheça o museu de brinquedos da USP

“Todo brinquedo pode ser educativo, desde que a criança se envolva com o jogo e interaja com as relações simbólicas”, afirma Ana Marotto, coordenadora educacional do Colégio Equipe, de São Paulo. Considerando variadas habilidades e conteúdos que podem ser aprendidos com os brinquedos, ela diz que é importante diversificar as temáticas oferecidas às crianças.


Jogo de cozinha em madeira, dos anos 60, exposto em museu da USP

Aline Arruda/UOL

Outra sugestão de Ana é observar o que as crianças gostam. “É preciso conhecê-la e proporcionar os brinquedos que estejam de acordo com seus interesses”, explica. Segundo a educadora, dentro das preferências da criança também é possível enriquecer seu repertório: se um menino gosta muito de videogame, é possível oferecer jogos sobre diferentes conteúdos, por exemplo.

 
Ela também recomenda que se evite a compra de produtos da moda, que acabam jogados pela casa sem uso efetivo pelas crianças.

 
A professora Tizuko Morchida Kishimoto, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, concorda que qualquer brinquedo é educativo. "A criança pode explorar e aprender pelo tato, pelo movimento, cheiro, formas, cor, gosto". Assim, diz, quase todo objeto pode se tornar um brinquedo.


Museu

Tizuko é uma das responsáveis pelo Museu da Educação e do Brinquedo da Faculdade de Educação da USP, onde podem ser vistos objetos do universo infantil desde o início do século até os dias atuais, como bonecos, jogos de tabuleiro, de cartas e eletrônicos. O acervo com 197 peças em exposição também contém miniaturas de animais e utensílios indígenas, peças regionais e de diferentes países, como Japão, Sri Lanka, Croácia e Índia. Há ainda uma exposição de fotos da educação no Brasil no início do século XX.

 
Daniel Ferraz, coordenador do museu, explica que a proposta é romper com a ideia de que o brinquedo envolve só a parte lúdica. "Existem valores que são transmitidos e um entorno cultural no qual o brinquedo está inserido, em cada época e lugar."

 
Serviço

Museu da Educação e do Brinquedo da Faculdade de Educação da USP

Av. da Universidade, 308 - CEP 05508-040 - São Paulo - SP

 
Horário: segundas, quartas e sextas-feiras, das 13h30 às 16h30; terças e quintas-feiras. das 9h30 às 12h30

 
Informações e agendamento de grupos: (11) 3091 2352

 
Entrada gratuita

 
Leia mais

O brinquedo certo para cada fase das crianças

Ler histórias é a melhor forma de incentivar as crianças à leitura, diz especialista

Veja fotos do Museu da Educação e do Brinquedo da USP

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Teclado
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Estratégia de Negócios

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Gestão de Estratégia - BSC

Gestão de Processos - BPM

Gestão de Projetos 01 - Como trabalhar com projetos?

Gestão de Projetos 02 - Como iniciar o trabalho com projetos?

Gestão de Projetos 03 - Como planejar o escopo, prazo e orçamento do projeto?

Gestão de Projetos 04 - Como Planejar os demais aspectos do projeto?

Gestão de Projetos 05 - Como Executar, Monitorar, Controlar e Encerrar Projetos?

Gestão Estratégica de TI - ITIL



- Informática (2)

Introdução ao e-Learning

TI na Educação



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Introdução ao Pacote Office 2007

Microsoft Access 2003 - Avançado

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

FORMATURA NAYARA - JULHO DE 2010


domingo, 26 de setembro de 2010


É na infância que as bases se constroem

Aprendemos a gostar, dividir e respeitar o próximo na fase da infância. É na relação familiar que os valores se constroem e moldamos nossa personalidade. Para que este processo ocorra de forma saudável, a presença física e emocional dos pais é essencial e deve ser mantida sempre que a criança necessitar de cuidados e atenção.

"Tem pai e mãe que acha que estar presente nas datas especiais já é o suficiente para manter-se presente, no entanto, nem sempre estas datas são importantes para os filhos que muitas vezes gostariam de atenção no dia a dia em alguma fase especifica da vida deles, e não em alguma data especial", explica.

"O certo é estar por perto sempre, mas se isso não é possível, o melhor é fazer-se presente em momentos em que a criança peça e não que os pais julguem mais importantes", afirma a especialista. 

Pais e filhos
 
Reforço positivo

Quando o pai ou a mãe fica longe de casa, o ideal é que aquele que está perto da criança, reafirme a presença do outro através de reforço positivo.

Segundo Vera, este reconhecimento faz a criança aprender a trabalhar a sensação de rejeição. "A ausência vai ser sentida pelo filho de qualquer jeito, mas se houver um representação positiva em relação a figura ausente, os traumas serão menores. Tente dizer algo como: 'se seu pai ver isso vai ficar orgulhoso'; 'sua mãe está longe , mas está de olho em tudo o que você faz' e assim por diante. Isso ajuda a encurtar a distância emocional e amenizar a saudade", sugere.

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TAREFAS EM EXCESSO PREJUDICAM AS CRIANÇAS‏




O foco intenso na criança atinge seu auge por volta do século xv. Até a idade média, a infância não era valorizada. Quando desmamada, lá pelos 3 ou 4 anos, a criança passava a viver no mundo adulto. Não havia escolas formais e a família não era nuclear como agora. Na mesma casa conviviam pessoas de várias procedências.

Na idade moderna, junto com as grandes invenções, a revolução liberal e, mais tarde, com o iluminismo e a formação da burguesia, surge à infância. A criança passa a ser mais cuidada e os laços familiares se fortalecem. Pais e filhos são mais próximos e a criança passa a ser vista como um indivíduo que precisa de atenção e formação essencial. A infância passa a se constituir como uma idéia de momento especial, uma idade de ouro. Logo se começava a perceber que valia a pena investir nesses seres tão pequenos e dependentes.

A infância surge no momento em que se decide deixar as crianças irem à escola, brincarem e serem crianças. Com a modernidade, a infância passa a ser mais estudada e vista como a época de formação.

Liliana Sulzbach (2000) em seu curta-metragem A invenção da infância retrata de uma maneira objetiva e profunda os conceitos de trabalho infantil, comparando as exigências em classes mais pobres e nas classes médias altas. As diferenças são cruciais, mas em ambas acompanhamos uma espécie de corte e de invasão nos territórios do mundo infantil. Crianças assumem funções inapropriadas à sua idade.

Uma criança do interior pobre do nordeste suspira ao dizer: "Que jeito tem, Tem que trabalhar...." Enquanto a menina de classe media alta fala com um misto de satisfação e dúvida: "tenho hora para tudo! Tenho vida de adulto, mas é melhor assim!", referindo-se à sua agenda lotada e, por vezes, pouco construída com base no seu desejo ou perfil, tal como o menino que suspira pela falta de alternativa e diz "tem que trabalhar!".

Preparar os filhos tornou-se um grande e complexo investimento.

Almejar para os nossos filhos o melhor dos mundos é perfeitamente compreensível, entretanto o objetivo que subjaz as práticas são questionáveis. Os pais, a pedido das escolas ou por expectativas próprias, tornam a rotina de seus filhos uma maratona desenfreada de cumprimento de tarefas. Os próprios pais não conseguem dar conta numa cidade como São Paulo de levar e trazer de um lado para outro seus filhos das mais diversas atividades. O tempo acelera para os pequenos e passa a ser um bem de alto valor para eles.

Na ansiedade de fornecer aos filhos todos os recursos creditados como necessários ao desenvolvimento, os pais correm o risco de subverter os valores em função de ter filhos mais competitivos, mais preparados para enfrentar o futuro.

No meu dia-a-dia, como psicóloga, atendo crianças e converso com seus pais e com aqueles responsáveis pela vida escolar e ouço afirmações como: "meu filho é muito inteligente", "é uma criança brilhante, mas que por algum motivo não vai bem na escola", "ele é um atleta nato, tem um talento surpreendente" ou, o contrário, "ele é lento para fazer as atividades", "não tem noção do tempo", "se distraí com facilidade" e tantas outras afirmações que nos fazem pensar: qual o elo dessa cadeia que se perdeu. O que será que tem levado as crianças mais e mais a profundos estados de tristeza, insônia, hiperatividade e déficit de atenção?

Felizmente hoje temos um repertório de conhecimentos vindos da medicina, psicologia, neurociência, que faz toda diferença para conhecermos a etiologia de alguns quadros e poder tratá-los. Fato que há 50 anos era incomum e, portanto, as providências de tratamento eram precárias. Assim, não podemos somente atribuir à vida corrida que levamos o aparecimento dos distúrbios da infância.

Sem dúvida, os fatores do dia-a-dia como violência, exigências competitivas, acesso fácil aos meios de comunicação e diminuição do tempo de infância, contribuem para aumentar quadros antes mais freqüentes na idade adulta. O custo de compor uma família também é alto. Preparar os filhos tornou-se um grande e complexo investimento. Pais trabalham incansavelmente para manter seus filhos para assegurar que recursos não lhes faltem.

Na outra ponta temos crianças exigidas e cansadas, com pouco aproveitamento do tempo para brincar e aprender na escola. O que seria esperado? Não oferecer as possibilidades de aprendizagem "Não, absolutamente". Talvez o elo que precisamos encontrar em nosso dia-a-dia como pais seja o cultivo pelo aprender, pelo estudar e pelo conhecimento.

Aprender não é um processo de cumprimento de tarefas, mas sim um processo de descobrir coisas novas, todos os dias, das mais simples às mais complexas.

Oferecer os recursos a partir da convicção de que mais do que resultados, esperamos que pais e educadores ajudem nossas crianças a criarem ideais construtivos. Nem sempre as crianças têm idéia do processo no qual estão envolvidas, quais são as etapas de todo e qualquer aprendizado. Empenho, dedicação, perseverança são valores pouco sublinhados nos processos de aprendizagem.

 

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ambiente letrado em casa e na escola

O papel da escola de educação infantil e da família, nesse início de processo, é amplo e rico: é fazer com que a criança leia o mundo e comece a expor suas primeiras palavras e idéias no papel - ainda que não o faça de um jeito perfeito, correto, convencional. E isso não é fácil. Exige autoconfiança, crença em si próprio. Ela trocará letras, inverterá sílabas, inventará traçados. Tudo faz parte. Significa que está buscando aproximar-se desse universo simbólico. Por esse motivo, propicie a seu filho um ambiente em que o mundo das letras esteja presente e que possa ser referência em suas descobertas. Aqui vão algumas dicas que podem ajudar a iniciação:
· Ofereça desde cedo um acervo de livros com textos e ilustrações - uma pequena biblioteca construída e organizada com seu filho.
· Visite livrarias, faça com que tenha contato com diferentes materiais.
· Disponibilize lápis de cera, blocos de desenho para os primeiros experimentos.
· Conte-lhe, ao menos, uma pequena história diariamente.
· Folheie livros na sua presença.
· Peça que lhe conte histórias, manuseando livros.
· Peça que registre as histórias contadas com desenhos, palavras, frases.
· Deixe que a observe realizando alguns de seus escritos, como suas listas de compras, por exemplo. Procure fazê-las na letra de forma.
· Corrija seu filho quando falar de forma infantilizada ou não compreensível.
· Não ensine, nem exija que ele comece seus registros com a letra manuscrita. Letra do tipo bastão ou de fôrma são as mais indicadas nesse período.


A glória de aprender com prazer

Essas pequenas iniciativas fazem com que a criança tenha mais recursos para solucionar suas dúvidas, buscar respostas. Valem mais do que extensos, mecânicos e insatisfatórios exercícios de caligrafia. Na realidade, são maneiras de fazer com que o pequeno comece sua alfabetização com prazer, significado e gosto. Também vale lembrar que, nesse período tão rico e repleto de descobertas, a escolha da escola de educação infantil é essencial. Evite as escolas chamadas "preparatórias", aquelas que garantem o ingresso fácil no ensino fundamental. Em alguns casos o ritmo de trabalho dos alunos é acelerado e isso faz com que haja perdas preciosas, quadro que se complicará mais tarde. Uma boa pré-escola tem seu próprio projeto pedagógico e a passagem de seus alunos para a primeira série se faz de forma natural, como resultado de um processo construído ao longo da primeira infância.Cada qual tem sua horaLembre-se: a aquisição da leitura e da escrita está profundamente ligada aos contatos com o universo escrito dos 0 aos 6 anos. Por isso mesmo, definir um momento certo para esse aprendizado, igual para todas as crianças, é desconsiderar experiência e maturidade individual. Cada criança é única, fato que precisa ser considerado por escolas e famílias. Sempre. É o que dará a medida do tempo apropriado, o que permitirá que não se antecipe nem se retarde a alfabetização.

*Norma Leite Brandão é pedagoga e educadora da VERCRESCER assessoria educacional.
Os níveis estruturais da linguagem escrita podem explicam as diferenças individuais e os diferentes ritmos dos alunos.


1) Nível Pré-Silábico- não se busca correspondência com o som; as hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo. A criança tenta nesse nível:
diferenciar entre desenho e escrita
utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras
reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita
percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes

2) Nível Silábico- pode ser dividido entre Silábico e Silábico Alfabético:Silábico- a criança compreende que as diferenças na representação escrita está relacionada com o "som" das palavras, o que a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes, ora apenas vogais, ora letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número de sílabas das palavras.Silábico- Alfabético- convivem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.
3)Nível Alfabético- a criança agora entende que:
a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores
a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas
a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras


“Deus, em sua infinita sabedoria, criou a família, para que os seres humanos tivessem um lugar de apoio, de encorajamento mútuo, consolo nas horas difíceis. Enfim, um espaço para rir, chorar e sonhar.

Abra o coração e deixe Cristo entrar na sua família.”

domingo, 6 de junho de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Os sons nasais e a leitura


Prof. Ms. Vicente Martins
Docente na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará
Graduado e Pós-Graduado em Letras pela
Universidade Estadual do Ceará


Durante a leitura em voz alta, muitas crianças encontram dificuldade na articulação de vogais e consoantes nasais, o que as leva a não reconhecerem palavras com fonemas nasais. Sem reconhecimento das palavras, não há decodificação leitora, importante etapa no processo de leitura.

Os professores, quando não atentos ao valor dos sons nasais na prática da leitura de textos, torcem o nariz aos maus leitores, e os alunos, por sua vez, diante do fracasso leitor, ficam de nariz comprido.

Sem a produção dos sons nasais, belos textos, especialmente os poemas em versos, perdem todo seu encanto lírico, sua emoção, seu ritmo e a força de expressividade de suas rimas.

Durante as aulas de leitura, fazem parte do cardápio escolar a leitura de sonetos de poetas e poetisas brasileiros como Mário Quintana, Vinícius de Moraes, Cecília Meireles e Henriqueta Lisboa, autores que explicitamente exploram, em seus versos, vogais e consoantes nasais.

Um bom exemplo é o poema Canção de Garoa, de Mário Quintana em que o poeta diz: “ Em cima do meu telhado/ Pirulin lulin lulin,/Um anjo, todo molhado,/Solução no seu flautim/. Na estrofe seguinte o poeta continua a explorar os fonemas nasais: /O relógio vai bater:/As molas rangem sem fim./O retrato na parede/Fica olhando para mim./”. E na última estrofe conclui: “E chove sem saber por quê.../E tudo foi sempre assim!/Parece que vou sofrer:/Pirulin lulin lulin...”

Não apenas na leitura, mas já na aquisição da fala, as crianças percebem o papel da cavidade nasal na articulação dos sons da fala.

Na educação infantil, a articulação dos sons nasais, todos sonoros, são exigidos dos pequenos a exploração das cordas vocais situadas na laringe. A fisiologia do esforço articulatório dos sons nasais é a seguinte: durante a produção dos sons nasais, uma parte da corrente de ar expirado proveniente da laringe passa pelas fossas nasais, devido ao abaixamento da úvula e do véu palatino, causando uma vibração intensa nas fossas nasais.

Isso que dizer que a pronúncia dos sons nasais leva o véu palatino a ficar abaixado total ou parcialmente, permitindo que uma parte do ar pulmonar saia pelas fossas nasais, produzindo aí uma ressonância, cujo efeito auditivo é conhecido por nasalidade.


As vogais nasais do Português


Na escrita, as vogais são representadas por dígrafos vocálicos nasais, na verdade, grupos de duas letras usados para representar um único fonema. No português são dígrafos nasais: am, an, em, en, im, in, on, om, um e u.


As consoantes nasais do Português


As consoantes nasais são fonemas sonoros (as cordas vibram) em cuja articulação o ar expirado ressoa na cavidade nasal por encontrar abaixados a úvula e o véu palatino, como /m/ na palavra cama,/n/ em cana,/nh/ em lanho.


N, n

O valor fonético da letra ene – O n (ene) é a décima terceira letra e décima consoante do nosso alfabeto. Esta letra representa a consoante oclusiva nasal dental-alveolar, como em nó (diante de consoante ou em final de palavra, não é pronunciada como oclusiva nasal e freqüentemente não é pronunciada, nasalizando a vogal precedente, como nas palavras manso e hífen.


M, m

O valor fonético do eme - O m (eme) é a letra que representa a consoante oclusiva nasal bilabial sonora como na palavra meu, camelo e morro.


~

O til - Durante a aquisição e o desenvolvimento da leitura em voz alta ou a alfabetização em leitura, no ensino fundamental, o reconhecimento do til como um sinal diacrítico que nasala a vogal à qual se sobrepõe. O til, marcado nos textos medievais, desde o ano de 1632, é o sinal gráfico que na escrita confere a uma letra novo valor fonético (pronunciação) e/ou fonológico (função distintiva na língua).


Vicente Martins, palestrante, professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral (CE), dedica-se entusiasticamente à pesquisa sobre as dificuldades de aprendizagem relacionadas com a leitura (dislexia), escrita (disgrafia) e ortografia (disortografia).


E-mail: vicente.martins@uol.com.br
Sobral - Ceará - Brasil

quarta-feira, 19 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

domingo, 16 de maio de 2010


Pedagogia da Autonomia - Resenha

Paulo Freire (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 165 p.Review by Claudilene Sena de Oliveira Kerber (CELES). (First appeared in: La Salle: Revista de Educação;, Ciência e Cultura/Centro Educacional La Salle de Ensino Superior (CELES) v. 3, n. 7, (Outono de 1998). Reproduced with permission.)

Freire introduz Pedagogia da autonomia explicando suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando. Enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico, e da compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" (p.. 15). Define essa postura como ética e defende a idéia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de "ética universal do ser humano"(p. 16), essencial para o trabalho docente.Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos (...) É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar (p. 17 e 19).Em sua análise, menciona alguns itens que considera fundamentais para a prática docente, enquanto instiga o leitor a criticá-lo e acrescentar a seu trabalho outros pontos importantes. Inicia afirmando que "não há docência sem discência" (p. 23), pois "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado" (p.25). Dessa forma, deixa claro que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de aluno. "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender" (p. 25).Justifica assim o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem.Segue sua análise colocando como absolutamente necessário o rigor metódico e intelectual que o educador deve desenvolver em si próprio, como pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber e o assimila de uma forma crítica, não ingênua, com questionamentos, e orienta seus educandos a seguirem também essa linha metodológica de estudar e entender o mundo, relacionando os conhecimentos adquiridos com a realidade de sua vida, sua cidade, seu meio social. Afirma que "não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino" (p. 32). Esse pesquisar, buscar e compreender criticamente só ocorrerá se o professor souber pensar. Para Freire, saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades. Se o docente faz isso, terá facilidade de desenvolver em seus alunos o mesmo espírito.O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo (...) Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos: o em que se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente (p.31).Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando.O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (p. 66).É importante que professores e alunos sejam curiosos, instigadores. "É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano" (p. 96). Faz-se necessário, portanto, que se proporcionem momentos para experiências, para buscas. O professor precisa estar disposto a ouvir, a dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para falar, debater e ser aberto para compreender o querer de seus alunos. Para tanto, é preciso querer bem, gostar do trabalho e do educando. Não com um gostar ou um querer bem ingênuo, que permite atitudes erradas e não impõe limites, ou que sente pena da situação de menos experiente do aluno, ou ainda que deixa tudo como está que o tempo resolve, mas um querer bem pelo ser humano em desenvolvimento que está ao seu lado, a ponto de dedicar-se, de doar-se e de trocar experiências, e um gostar de aprender e de incentivar a aprendizagem, um sentir prazer em ver o aluno descobrindo o conhecimento.É digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem e gosto da alegria sem a qual a prática educativa perde o sentido. É esta força misteriosa, às vezes chamada vocação, que explica a quase devoção com que a grande maioria do magistério nele permanece, apesar da imoralidade dos salários. E não apenas permanece, mas cumpre, como pode, seu dever (p. 161).Nessa obra, portanto, expondo os saberes que considera necessários à prática docente, Paulo Freire orienta ao mesmo tempo que incentiva os educadores e educadoras a refletirem sobre seus fazeres pedagógicos, modificando aquilo que acharem preciso, mas especialmente aperfeiçoando o trabalho, além de fazerem a cada dia a opção pelo melhor, não de forma ingênua, mas com certeza de que, se há tentativas, há esperanças e possibilidades de mudanças daquilo que em sua visão necessita mudar.Resumo do livro Pedagogia da AutonomiaA Pedagogia da Autonomia é um livro pequeno em tamanho, mas gigante em esperança e otimismo, que condena as mentalidades fatalistas que se conformam com a ideologia imobilizante de que "a realidade é assim mesmo, que podemos fazer?" Para estes basta o treino técnico indispensável à sobrevivência. Em Paulo Freire, educar é construir, é libertar o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal, reconhecendo que a história é um tempo de possibilidades. É um "ensinar a pensar certo" como quem "fala com a força do testemunho". É um "ato comunicante, co-participado", de modo algum produto de uma mente "burocratizada". No entanto, toda a curiosidade de saber exige uma reflexão crítica e prática, de modo que o próprio discurso teórico terá de ser aliado à sua aplicação prática. Ensinar é algo de profundo e dinâmico onde a questão de identidade cultural que atinge a dimensão individual e a classe dos educandos, é essencial à "prática educativa progressista". Portanto, torna-se imprescindível "solidariedade social e política para se evitar um ensino elitista e autoritário como quem tem o exclusivo do "saber articulado". E de novo, Freire salienta, constantemente, que educar não é a mera transferência de conhecimentos, mas sim conscientização e testemunho de vida, senão não terá eficácia.Igualmente, para ele, educar é como viver, exige a consciência do inacabado porque a "História em que me faço com os outros (...) é um tempo de possibilidades e não de determinismo"(p.58). No entanto, tempo de possibilidades condicionadas pela herança do genético, social, cultural e histórico que faz dos homens e das mulheres seres responsáveis, sobretudo quando "a decência pode ser negada e a liberdade ofendida e recusada"(p.62).Segundo Freire, "o educador que 'castra' a curiosidade do educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos, tolhe a liberdade do educando, a sua capacidade de aventurar-se. Não forma, domestica"(p.63). A autonomia, a dignidade e a identidade do educando tem de ser respeitada, caso contrário, o ensino tornar-se-á "inautêntico, palavreado vazio e inoperante"(p.69). E isto só é possível tendo em conta os conhecimentos adquiridos de experiência feitos" pelas crianças e adultos antes de chegarem à escola. Para Freire, o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e esperança, na convicção de que a mudança é possível. Aprender é uma descoberta criadora, com abertura ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina. Neste sentido, afirma que qualquer iniciativa de alfabetização só toma dimensão humana quando se realiza a "expulsão do opressor de dentro do oprimido", como libertação da culpa (imposta) pelo "seu fracasso no mundo". Por outro lado, Freire insiste na "especificidade humana" do ensino, enquanto competência profissional e generosidade pessoal, sem autoritarismos e arrogância. Só assim, diz ele, nascerá um clima de respeito mútuo e disciplina saudável entre "a autoridade docente e as liberdades dos alunos, (...) reinventando o ser humano na aprendizagem de sua autonomia"(p.105). Conseqüentemente, não se poderá separar "prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor de respeito aos alunos, ensinar de aprender” (p.106-107).A idéia de coerência profissional, indica que o ensino exige do docente comprometimento existencial, do qual nasce autêntica solidariedade entre educador e educandos, pois ninguém se pode contentar com uma maneira neutra de estar no mundo. Ensinar, por essência, é uma forma de intervenção no mundo, uma tomada de posição, uma decisão, por vezes, até uma ruptura com o passado e o presente. Pois, quando fala de "educação como intervenção", Paulo Freire refere-se a mudanças reais na sociedade: no campo da economia, das relações humanas, da propriedade, do direito ao trabalho, à terra, à educação, à saúde(...)"(p.123), em referência clara a situação no Brasil e noutros países da América Latina. Para Freire, a educação é ideológica mas dialogante e atentiva, para que se possa estabelecer a autêntica comunicação da aprendizagem, entre gente, com alma, sentimentos e emoções, desejos e sonhos. A sua pedagogia é "fundada na ética, no respeito à dignidade e à própria autonomia do educando"(p.11). E é "vigilante contra todas as práticas de desumanização"(p.12). É necessário que "o saber-fazer da auto reflexão crítica e o saber-ser da sabedoria exercitada ajudem a evitar a "degradação humana" e o discurso fatalista da globalização"(p.12).Para Paulo Freire o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige comprovados saberes no seu processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos os educandos. Os princípios enunciados por Paulo Freire, o homem, o filósofo, o Professor que por excelência verdadeiramente promoveu a inclusão de todos os alunos e alunas numa escolaridade que dignifica e respeita os educandos porque respeita a sua leitura do mundo como ponte de libertação e autonomia de ser pensante e influente no seu próprio desenvolvimento. A Pedagogia da Autonomia é sem dúvida uma das grandes obras da humanidade em prol duma educação que respeita todo o educando (incluindo os mais desfavorecidos) e liberta o seu pensamento de tradições desumanizantes - porque opressoras. A esperança e o otimismo na possibilidade da mudança são um passo gigante na construção e formação científica do professor ou da professora que "deve coincidir com sua retidão ética" (p.18). Paulo Freire, um Professor que através da sua vida não só procurou perceber os problemas educativos da sociedade brasileira e mundial, mas propôs uma prática educativa para os resolver. Esta ensina os professores e as professoras a navegar rotas nos mares da educação orientados por uma bússola que aponta entre outros os seguintes pontos cardeais:a rigorosidade metódica e a pesquisa, a ética e estética, a competência profissional, o respeito pelos saberes do educando e o reconhecimento da identidade cultural, a rejeição de toda e qualquer forma de discriminação, a reflexão crítica da prática pedagógica, a corporeificação, o saber dialogar e escutar, o querer bem aos educandos, o ter alegria e esperança, o ter liberdade e autoridade, o ter curiosidade, o ter a consciência do inacabado... Como princípios basilares a uma prática educativa que transforma educadores e educandos e lhes garante o direito a autonomia pessoal na construção duma sociedade democrática que a todos respeita e dignifica.Paulo Freire demonstra a todos os falantes da língua portuguesa, acostumados à maneira masculina de ver o mundo, a qual tem mantido invisível metade da humanidade os seres femininos, que a língua Portuguesa também nos proporciona as possibilidades do uso de linguagem que respeita a comparticipação visível e dignificante da mulher no mundo atual. Para Paulo Freire não existe unicamente o homem, o professor, o aluno, o pai mas também a mulher, a professora, a aluna, a mãe! A impressão geral do livro é que Paulo Freire escreve e discursa, acima de tudo, com amor pelo que faz. O autor vai lentamente introduzindo conceitos que se misturam e se complementam, às vezes de maneira sutil, e em outras ocasiões de maneira objetiva e absolutamente sincera. Uma das principais mensagens que o autor deixa nesta obra, ao meu ver, é o significado do ensinar. É com a mais brilhante vocação que o autor mostra em simples palavras que ensinar é todo um processo de troca entre aluno e professor, onde ambos aprendem, ambos adquirem e sanam dúvidas, ambos crescem como seres humanos. É a mensagem de que para ensinar precisamos, antes de mais nada, ter a consciência da importância e da beleza desta tarefa, da importância de se poder fazer a diferença num sistema socio-econômico-político com certezas às vezes tão opressoras e cruéis àqueles que não dispõe de meios financeiros para obter cultura e informação. Enfim, o professor Paulo Freire nos dá uma aula de ensinar, e nos fornece com um pensamento livre e despojado uma grande inspiração: de que ensinar vale a pena.Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paulo Freire A temática central deste livro é a formação de professores, inserida numa reflexão sobre a prática educativo- progressista em favor da AUTONOMIA dos alunos (pois FORMAR é muito mais do que simplesmente EDUCAR).Na verdade, o enfoque não foge muito do que poderia ser chamado de "ética do ensino", procurando alertar o leitor sobre a diferença entre treinar, ensinar e educar, temas freqüentes na obra deste autor.Grande parte do livro é dedicada a discussões sobre o quanto as atitudes que o professor toma dentro de sala e fora dela influenciam o que ele passa para seus alunos, englobando desde recomendações sobre a tomada de consciência de que os alunos têm uma cultura e uma curiosidade que precedem a imposição da escola, a discussão sobre a mudança de "curiosidade ingênua" para "curiosidade epistemológica" (que não diferem em sua essência, mas em sua complexidade, pois enquanto aquela se baseia apenas na experiência cotidiana, esta é dotada do rigor metódico, do criticismo), até a consideração dos educandos como seres humanos, portanto, seres histórico-sociais dotados de uma noção mínima de ética. O autor não fecha os olhos para as injustiças que acontecem com os "esfarrapados do mundo". Está ao lado deles, embora não aceite que, para que as injustiças acabem, ações terroristas sejam tomadas.Os professores têm grande responsabilidade ao ensinar e devem ser dotados de ÉTICA (universal do ser humano, sem cinismos), sendo esta intimamente relacionada ao seu preparo científico, combatendo a malvadez da ética de mercado mundial (baseada em lucros). Paulo Freire beira o moralismo quando se põe a discutir sobre os preconceitos embutidos consciente ou insconscientemente no processo educativo. Discute desde frases do tipo "Maria é negra, mas é bondosa e competente" e até justifica sua raiva frente a posturas deste tipo. Beira o moralismo também quando se refere a crianças de escola pública que depredam o próprio patrimônio (ou seja, a escola), porque "como cobrar das crianças um mínimo de respeito (...) se o Poder Público revela absoluta desconsideração à coisa pública?". Ele mesmo percebe isso, e freqüentemente se dirige ao leitor para que ele lembre que não está sendo descrita uma "educação de anjos", mas uma "educação de homens e mulheres". Talvez isso seja uma reflexão de ideologia esquerdista, sobre a qual também existe menção, tendo como foco os professores que se dizem "progressistas" mas se renderam à rotina neocapitalista. Freire parece, então, não utópico, mas excessivamente confiante na vontade das pessoas de se tornarem melhores (i.e. apoiarem atitudes "progressistas"). Existe ainda uma preocupação com a caracterização do meio escolar como um meio de convívio social onde existem exemplos humanos além dos que se encontram nos livros didáticos, e como o professor é um desses exemplos, ele deve ter plena consciência disso, e portanto julgar as próprias ações. Freire não insiste, neste livro, no aspecto teórico da epistemologia, mas sempre recomenda a postura crítica frente a qualquer atitude, seja ela um conteúdo escolar ou não, porque essa postura crítica é o que caracteriza a "curiosidade epistemológica" e permite que, uma vez identificados os erros, sejam feitas mudanças. E essas mudanças são aquelas que levariam à melhoria das condições de vida de cada um, ou ao progresso.Freire tem, no entanto, várias distorções de visão, pois além de várias vezes ser utópico, sugere que se leve discussões políticas para a sala de aula (o que é negativo para a formação de Ciências Sociais, porque a ideologia do professor contamina o que ele se dispuser a discutir) e ainda tem uma visão excessivamente centrada no ser humano, colocando animais (inclusive mamíferos) como seres inferiores (o que é negativo principalmente na formação de Ciências Naturais).Com base nestes apontamentos iniciais, podem ser citadas algumas das considerações sobre a prática docente: 1) Deve existir uma reflexão crítica entre a relação Teoria/ Prática, para que nenhuma perca seu sentido ou importância.2) O professor não pode somente transferir conhecimento, devendo haver uma troca de ensinamentos e aprendizagens entre educador e educando (este, cada vez mais curioso, poderá criar sempre mais). O professor deve estar aberto aos questionamentos e dificuldades dos alunos. Entretanto, se o aluno foi submetido a um falso ensinar, isto não significa que ele está condenado, pois se ele tiver curiosidade e capacidade de se arriscar, pode superar esta falha. 3) É preciso reforçar a capacidade crítica do educando e sua insubmissão, dentro de uma rigorosidade metódica, para que ele não se torne um simples "memorizador". 4) Os conhecimentos dos alunos têm que ser respeitados, principalmente daqueles vindos de classes mais baixas, e aplicá-los aos conteúdos ensinados (REALIDADE DENTRO DO APRENDIZADO). 5) A crítica deve estar inserida no ensino, a partir da curiosidade dos alunos. Esta, inicialmente ingênua, ao ser superada, pode tornar- se epistemológica, com a aplicação da prática pedagógico- progressista. 6) Necessidade de decência e pureza (que não pode ser entendida como puritanismo). Se o ensino for transformado em pura técnica, o educador distancia- se da ética.- Não deve haver discriminação, pois esta prática fere a dignidade do ser humano e não se aplica à democracia. 7) É necessário ensinar o educando a PENSAR CERTO. 8) Deve- se assumir a identidade cultural de cada um, assunção esta incompatível com os pensamentos elitistas. 9) O professor tem que estar ciente de que suas atitudes podem influenciar profundamente a vida de um aluno, positiva ou negativamente. 10) O conhecimento do professor precisa ser vivido por ele, encarnado, para que se transforme em prática aplicável.11) O ensino e sua prática não podem ser tratados como algo definitivo, são passíveis de mudança. O ser humano também é inacabado e justamente por isso, o ato de ensinar/aprender deve ser permanente. 12) É necessária a consciência de que as pessoas podem ser CONDICIONADAS de acordo com o meio. Porém, isto não significa que elas sejam DETERMINADAS por ele (os obstáculos não são eternos). 13) O respeito pela autonomia do aluno é exigido pela ética. Cada um possui particularidades e pensamentos que não podem ser minimizados ou ridicularizados. Se isto acontecer, a ética é transgredida.- Bom senso. Autoridade não pode ser entendida como autoritarismo. O professor tem que entender, em certas ocasiões, pontos falhos do aluno. Ao invés de reprimi-lo, tem que ajudá-lo, com humildade e tolerância. 14) Sobre a avaliação: seria boa uma forma na qual fosse feita junto com os alunos, pois a avaliação é para eles, e não para o educador. 15) Para a realização da docência decente, devem existir condições favoráveis, higiênicas, espaciais e estéticas. O corpo docente deve lutar pelos seus direitos (como um salário digno), isto faz parte da prática de lecionar. 16) Se a educação é ofendida (principalmente nas escolas públicas), o professor deve tomar uma postura política que o permita lutar contra esta ofensa, além de repensar sobre a eficácia das greves. 17) Deve haver alegria e esperança. A esperança faz parte do ser humano, e negá-la contradiz a prática progressista da educação e a ética (sempre contra a frase: "O QUE FAZER? A REALIDADE É ASSIM MESMO"). 18) O futuro deve ser tratado como problema, que pode ser solucionado, e não como inexorável. Com base nisso, o professor tem que estar convencido de que mudanças são possíveis, por exemplo, com relação aos favelados e aos sem- terra. 19) O professor, assim como o aluno, também é movido pela curiosidade. Ela é a mola propulsora do aprendizado e do ensino do educador, da construção e produção de conhecimentos. Proporciona um diálogo entre o professor e o aluno. Porém, este diálogo não deve ser tratado como apenas um vai- vem de perguntas e respostas: momentos explicativos do educador são necessários. 20) É preciso tomar muito cuidado com a relação autoridade- liberdade, sempre ameaçadas pela prática do autoritarismo e da licenciosidade, prática esta que pode acabar levando a disciplina à indisciplina. 21) O educador tem que ser seguro, competente e generoso, atitudes estas que exigem esforço e moralidade. 22) Não se deve falar de cima para baixo, achar que é o dono da verdade. Um educador não deve falar PARA o educando, mas sim COM ele, e isso só é possível quando o educador sabe escutar. Porém, a escuta não deve ser passiva, ela é uma boa forma de se fazer questionamentos sobre o que está sendo exposto, de defender uma opinião própria. Isto pode ser refletido numa maneira crítica e justa de avaliação.Existem, então, após todos estes apontamentos, algumas relações que nunca podem ser desenlaçadas, para que a pedagogia da autonomia seja aplicável: ensino dos conteúdos com formação ética dos educandos, prática com teoria, ignorância com saber (seja de educador ou educando), autoridade com liberdade, respeito ao professor com respeito ao aluno, ensinar com aprender. Todas elas devem ser respeitadas e tratadas com responsabilidade. Aspectos políticos também sempre devem ser levados em conta. Classes dominantes enxergam a educação como IMOBILIZADORA E OCULTADORA de verdades. Entretanto, a educação é uma forma de se intervir no mundo. Contudo, deve ficar muito claro para o educador que a autonomia não vem de um dia para o outro, leva tempo para ser construída. Um grande cuidado também é extremamente necessário ao educador: de que a educação é ideológica e que, dependendo da ideologia, ele pode acabar aceitando idéias perigosas (o mundo é assim, não está assim, por exemplo).E, por fim, deve ficar muito claro que uma docência decente, de qualidade, não se separa da afetividade que o professor tem por seus alunos (embora ela não deva interferir, por exemplo na avaliação, e nem signifique que o educador deva amar todos seus alunos de maneira igual).Freire introduz a Pedagogia da Autonomia explicando suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando. Enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico, e da compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" (p.. 15). Define essa postura como ética e defende a idéia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de "ética universal do ser humano" (p. 16), essencial para o trabalho docente. Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos (...) É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar (p. 17 e 19). Em sua análise, menciona alguns itens que considera fundamentais para a prática docente, enquanto instiga o leitor a criticá-lo e acrescentar a seu trabalho outros pontos importantes. Inicia afirmando que "não há docência sem discência" (p. 23), pois "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado" (p.25). Dessa forma, deixa claro que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de aluno. "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender" (p. 25). Justifica assim o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem.Segue sua análise colocando como absolutamente necessário o rigor metódico e intelectual que o educador deve desenvolver em si próprio, como pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber e o assimila de uma forma crítica, não ingênua, com questionamentos, e orienta seus educandos a seguirem também essa linha metodológica de estudar e entender o mundo, relacionando os conhecimentos adquiridos com a realidade de sua vida, sua cidade, seu meio social. Afirma que "não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino" (p. 32). Esse pesquisar, buscar e compreender criticamente só ocorrerá se o professor souber pensar. Para Freire, saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades. Se o docente faz isso, terá facilidade de desenvolver em seus alunos o mesmo espírito.O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo (...) Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos: o em que se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente (p.31). Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando. O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (p. 66). É importante que professores e alunos sejam curiosos, instigadores. "É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano" (p. 96). Faz-se necessário, portanto, que se proporcionem momentos para experiências, para buscas. O professor precisa estar disposto a ouvir, a dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para falar, debater e ser aberto para compreender o querer de seus alunos. Para tanto, é preciso querer bem, gostar do trabalho e do educando. Não com um gostar ou um querer bem ingênuo, que permite atitudes erradas e não impõe limites, ou que sente pena da situação de menos experiente do aluno, ou ainda que deixa tudo como está que o tempo resolve, mas um querer bem pelo ser humano em desenvolvimento que está ao seu lado, a ponto de dedicar-se, de doar-se e de trocar experiências, e um gostar de aprender e de incentivar a aprendizagem, um sentir prazer em ver o aluno descobrindo o conhecimento. É digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem e gosto da alegria sem a qual a prática educativa perde o sentido. É esta força misteriosa, às vezes chamada vocação, que explica a quase devoção com que a grande maioria do magistério nele permanece, apesar da imoralidade dos salários. E não apenas permanece, mas cumpre, como pode, seu dever (p. 161). Nessa obra, portanto, expondo os saberes que considera necessários à prática docente, Paulo Freire orienta ao mesmo tempo que incentiva os educadores e educadoras a refletirem sobre seus fazeres pedagógicos, modificando aquilo que acharem preciso, mas especialmente aperfeiçoando o trabalho, além de fazerem a cada dia a opção pelo melhor, não de forma ingênua, mas com certeza de que, se há tentativas, há esperanças e possibilidades de mudanças daquilo que em sua visão necessita mudar.Uma das tarefas primordiais dos educadores é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognicíveis. Resgatar nos saberes cotidianos, ainda que vindos de curiosidade ingênua, o estímulo à capacidade criadora do educando. A superação da ingenuidade levando à criticidade segundo pensar correto de Freire demanda profundidade e superficialidade na compreensão e interpretação dos fatos. Quem pensa certo é quem busca seriamente a segurança na argumentação, e é o que discordando do seu oponente, não tem o porquê contrair uma raiva desmedida. Quem observa, o faz segundo um ponto de vista, mas não por isso situa o observador em erro, uma vez que o erro não está em ter um ponto de vista, mas absolutizá-lo e desconhecer que, mesmo do acerto do seu ponto de vista é possível que a razão ética nem sempre esteja com ele. O inacabamento do ser ou sua inconclusão é próprio da experiência vital, onde há vida, há inacabamento. A diferença entre um ser inacabado e o ser determinado é que o primeiro muito embora seja condicionado, tem consciência do inacabamento. O ser inacabado sabe que a passagem pelo mundo não é pré-determinada, pré-estabelecida, e o seu “destino” não é um dado mas algo que precisa ser feito e de sua própria responsabilidade.Para ter segurança o professor deve estudar e preparar suas aulas, deve se esforçar para estar à altura de sua profissão. O esforço para atingir estas metas fornece a moral necessária para que o professor transpareça a segurança de seus conhecimentos e sua autoridade nos assuntos que vai ensinar. É ouvindo o aluno com paciência e criticamente que aprendemos a falar com ele. Aprendendo a escutar o educando, ouvindo suas dúvidas, em seus receios, em sua incompetência provisória, faz com que o docente aprenda a falar com ele. O bom professor deve ser curioso e deve provocar curiosidade. Esta curiosidade deve ser incentivada para que mantenha viva a chama do querer saber, do querer entender. Se esta troca não ocorrer, com o tempo o professor se verá diante de uma situação quase estática, paternalista da maneira de ensinar, que impedem o exercício livre da curiosidade. A curiosidade deve ser democrática. A curiosidade que silencia a outra se nega a si própria. A educação deve também servir de meio e forma para transformações sociais, mas deve-se ter consciência da sua indevida utilização como meio de reprodução de ideologias dominantes. Na opinião de Paulo Freire, não é possível ao bom professor ser um ser completamente apolítico, dado que estará expondo suas opiniões e ensinando muitos conceitos baseados em sua visão de mundo. Mas podem demonstrar que é possível mudar. E isto reforça nele ou nela a importância de sua tarefa político–pedagógica.Esta abertura ao querer bem não significa que, como professor, obrigue a querer bem todos os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a afetividade não deve assustar o docente, que não deve ter medo de expressá-la. O professor deve descartar como falsa a separação radical entre seriedade docente e afetividade.Nossa impressão geral do livro é que Paulo Freire escreve e discursa, acima de tudo, com amor pelo que faz. O autor vai lentamente introduzindo conceitos que se misturam e se complementam, às vezes de maneira sutil, e em outras ocasiões de maneira objetiva e absolutamente sincera. Uma das principais mensagens que o autor deixa nesta obra, ao nosso ver, é o significado do ensinar. É com a mais brilhante vocação que o autor nos mostra em simples palavras que ensinar é todo um processo de troca entre aluno e professor, onde ambos aprendem, ambos adquirem e sanam dúvidas, ambos crescem como seres humanos. É a mensagem de que para ensinar precisamos, antes de mais nada, ter a consciência da importância e da beleza desta tarefa, da importância de se poder fazer a diferença num sistema socio-econômico-político com certezas às vezes tão opressoras e cruéis àqueles que não dispõe de meios financeiros para obter cultura e informação. Enfim, o professor Paulo Freire nos dá uma aula de ensinar, e nos fornece com um pensamento livre e despojado uma grande inspiração: de que ensinar vale a pena.


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